quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Boa tarde, cara pálida.
Confesso que tem dias que não venho aqui para escrever algo decente e relativamente ''legível''. Agora são 14:05, acabo de terminar de conversar com meu namorado por telefone e ao meu lado só encontro livros e mais livros para pegar e estudar, passar a tarde toda estudando - meu objetivo (não que eu vá mesmo correr atrás disso ou coisa parecida). Ultimamente não vem acontecendo nada de novo em minha vida ou em volta de mim, o que mais me chamou atenção hoje (até agora), foi quando, indo para o colégio, encontrei com uma das pessoas que mais admiro por aqui. Um velho de mais ou menos uns 70 anos, com aparência de 99, andando pela rua, bem devagar, saindo de uma padaria às 6:50 pela rua deserta vindo em minha direção com um sorriso bem aberto. E o sorriso era para mim! Pelo que sei dessa mera pessoa é que não é ninguém importante, o mesmo mora sozinho à muitos anos no bairro e que sempre encontro com ele pela rua, só que nunca com nenhum acompanhante, sempre andando bem devagarinho. Ele é baixo, sem cabelos, arrumadinho e sempre, sempre sorridente. Adoro ter que encontrar com ele na rua apenas para olhá-lo e dizer um simples ''bom dia'' logo ao receber aquele sorriso cativante. Você não sabe o quanto é bom sentir uma pessoa que você nem conhece ser assim com você sempre ao te ver, não só com você, mas com várias outras pela rua. Por que que o admiro tanto? Não sei dizer, só sei que aquele idoso, além de muito educado, tem um dos sorrisos mais lindos que já vi! Não daqueles com dentes brancos, limpos, lindos, lábios carnudos, nada disso!, só me impressiona o seu simples modo de viver e de sempre estar daquele jeito, aquele semblante de que já passou por muitas e boas na vida, porém nunca deixando tais problemas prevalecerem em seu cartão de visita. Pode ser besteira para você, para aquele ao seu lado, para o outro, mas não me importa. Isso mexe comigo e faz dele um exemplo para mim, um exemplo que deveria ser para todos, por todos.

5 comentários:

  1. Owwn *-*
    Vc nunca parou p/ conversar com ele?

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  2. Não. ): Sabe que às vezes eu acho que ele é até mudo?

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  3. Será que é normal, entrarmos numa fase da nossa vida em que estamos assim, cansados de tanta coisa??! Acho um pouco deprimente..mas já aprendi a lidar um pouco com isso..acho importante expelirmos o que nos preocupa é uma maneira de termos de os encarar..aos problemas!!

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  4. Minha irmã XP
    By:Arthur Lage

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  5. Para mim, Marília, não é besteira. Tem um velho que mora na minha rua, vive sentado á porta, ao lado da sua cadela fiel (que faleceu a algum tempo, e agora senta-se só), espiando o movimento, cumprimentando os transeuntes... Seu Tião, é como o chamamos. Nossa prosa é boa, apesar da sua dificuldade de audição e seu gaguejar, entendemo-nos bem. Seu Tião é bem humorado, mas ás vezes é amargo como féu, joga dados na sargeta, para olharmos os lados da vida. Muito me ensinou seu Tião... Gosto dos velhos, da expressão que Mário Quintana ganhou no fim da vida, no espírito de Fernando Sabino ao querer que colocassem em sua lápide os dizeres: "Nasceu homem, morreu menino". Gosto até mesmo da velhice nostálgica de Fernando Pessoa (ele mesmo) na poesia "Aniversário". A propósito, gostei do que li aqui no seu cantinho, até agora. Gostei do relato do show do Paul, de suas confissões, da poesia "O amor acaba" do grande Paulo Mendes Campos. Eu escrevo, mal ou bem, as impressões que tiro do mundo, das pessoas e de mim mesma. Ah, aliás, você não me conhece, nem eu á você. Só quis comentar este seu post... Abraços...

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