sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Passado.

"- Leia-me como um livro. - então foi o que fiz. Como uma leitora insaciável, o li da maneira mais completa e profunda, não deixava escapar cada detalhe, cada ato, cada indício. Fui uma leitora precoce, precoce em minhas fantasias e meus desejos, por mais inocentes que fossem, mas o êxtase ao lê-lo era maior que qualquer receio. Que interesse era esse, a ponto de ignorar todas as perdas que tal leitura poderia me resultar? Era mais plausível e mais fácil me convencer de que todo e qualquer livro - dele - me traria sim uma perda, a minha perda, me perder para, enfim, me encontrar; no caso, em suas páginas, por elas."