quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Thanks, Sir Paulie Macca.

Bom, para tirar a poeira disso aqui, nada melhor para mim do que falar sobre o que mais me marcou no ano de 2010. Show do Paul McCartney, melhor dia da minha vida, até então. O fato é que não ficará apenas na lembrança do ano que está se passando, e sim ao longo de toda uma vida, que eu espero durar! :D

Eu e meu pai acordamos na manhã do dia 22/11/2010 às 7:00 para estar no aeroporto às 9:00 e pegar o voo às 10:50. Chegando em Confins, o aeroporto estava completamente lotado de executivos, trabalhadores e, claro, lotado também de Beatlemaniacos, aparentemente. Me senti em casa e aí começou a cair em mim que eu iria ao encontro de um Beatle.

Entramos no avião, depois de 30 minutos de espera, chegamos em Congonhas e aí que meu coração disparava mesmo. Meu Deus, estava indo ver Paul McCartney! Certo. Fomos para o Ibis que se encontra logo em frente ao aeroporto e, ao pisar no hotel, um bando de pessoas vinham em nossa direção perguntando se queríamos alugar van para ir e voltar do show do Paul. Todos lindos com a camisa, faixa, rosto pintado, prontos para a maior experiência de cada um ali. Eu e meu pai não aceitamos, até porque a van iria sair de lá às 16:00 e os portões abririam às 17:30 e eu gostaria MUITO de chegar cedo por causa da fila. Ok, subimos correndo, arrumamos as coisas, trocamos de roupa, descemos para almoçar e pegamos o taxi para ir pro Morumbi. Coração a mil, claro, o motorista do taxi metendo o pau na galera que ia pro show, dizendo que é perda de dinheiro e de tempo, eu quase enforcando o cara e meu pai quase perdendo a cabeça também, porém chegamos ao nosso destino e ali estávamos, eu, meu pai e uma beatlemania que eu só assistia nos dvds, shows e documentários dos Beatles. Fomos correndo retirar os ingressos e o cara da bilheteria rindo de mim por já estar chorando. Ao pegar o ingresso com minhas próprias mãos, foi quase um desabafo mesmo, chorei, gritei, era a melhor sensação possível até então, (até então!). Fomos para a fila e encontramos/conhecemos um cara super gente boa que estava já junto à mim e meu pai, o Lucas. O foda é que ele se perdeu no meio do show e não tivemos notícias dele mais, mas isso depois eu conto. Eu, meu pai e o Lucas na fila, já com o coração na mão. Ficamos assim até umas 16:00, quando o céu desabou a chover em nossas cabeças. Tudo bem, tudo bem, estamos indo ver o Paul. A Mada, uma amiga minha que conheci pela internet, me encontrou lá e veio para a fila com a gente. Chovia muito, muito, muito e todos nós na fila com aquela capinha horrível de chuva, alguns morrendo de fome também. Ok, deu 17:30 e nada de portão abrir. 18:00, nada de entrar no Morumbi. 18:30, galera correndo desesperadamente para entrar. No meio disso tudo, conseguimos passar em torno de 200 pessoas na fila e chegamos, enfim, na roleta para entrar. UM PÔSTER GIGANTE DO PAUL LOGO DE ENTRADA e eu chorando ever junto com a Mada. Tiramos fotos, rimos, encontramos com uma galera legal e logo saimos correndo para a entrada do Morumbi. Ao me deparar com aquela coisa gigante que é o estádio e todas aquelas pessoas lindas, muitas ali por obrigação, outras por prazer e por realizar o maior sonho, como era o meu, me fez emocionar muito. Por fim ficamos no meio da pista, mais ou menos um pouquinho pra frente, eram em torno de 40 metros do palco. Esperamos ali dentro de 18:30 à 21:30 (tudo ótimo para nós que estavamos já dentro do estágio, nos lugares postos), quando começou a passar a abertura com vídeos lindos e coloridos, junto aos Twin Freaks que me emocionaram. Até então o Lucas, o garoto que estava conosco, tinha se perdido ao tentar ir ao banheiro. O Paul demorou para entrar no palco, mas e daí? ainda teremos três horas de show, três horas emocionantes, três horas que irão para nossa vida toda! Enfim, a espera tinha acabado e vimos que o sonho estava apenas começando. O palco todo azul e o Paul chegando ali com o Hofner levantado e todo mundo delirando. Magical Mystery Tour! Roooooll uuuuup! ♪ Ele, o Mestre nos convidando para uma viagem mágica e misteriosa. Poderia começar ainda melhor? Não mesmo. Gritamos, desmaiamos, choramos, foi a maior expeciência de todas as vidas ali presentes. Acho que só quem presenciou aquilo, apenas quem estava ali vivendo tudo aquilo, sabe bem a sensação e como é fazer parte da verdadeira beatlemanía, não é, Buzele? (:

Hoje agradeço muito ao meu beatlemaniaco preferido, meu pai, que me deu o melhor presente que já poderia ter pensado em me dar, e claro, ao Sir Paulie Macca. Tudo bem in the rain, certo? :D


"And in the end, the love you take is equal to the love you make."

Obs.: Foto de minha autoria.